Formação Profissional para Mulheres em São Paulo, Brasil.
Por Carla Prater.
Fundado por duas irmãs assistentes sociais profissionais, o GAIA - Grupo de Assistência ao Idoso, Criança e Adolescente - é uma entidade sem fins lucrativos que atua na área de educação formal e informal e trabalho social em São Paulo, Brasil. Os fundadores viram muitas necessidades em seu bairro de baixa renda de Campo Grande, na zona sul de São Paulo. O primeiro esforço foi abrir uma pequena pré-escola, que teve tanto sucesso que logo tiveram duas escolas, que atendem às famílias da região, proporcionando às crianças um bom início de carreira escolar.
Eles logo encontraram outras maneiras de servir, incluindo o treinamento vocacional para muitas mulheres cuja escolaridade era mínima. Essas mulheres necessitam de serviços públicos sobrecarregados e incapazes de atender às demandas decorrentes da falta de acesso a alimentos saudáveis e condições de vida dignas. O projeto apoiado pela BGR visa oferecer melhores condições de vida a 120 mulheres, por meio de oficinas, palestras e cursos que visam capacitá-las como trabalhadoras formais ou informais, ganhando dinheiro para suprir as necessidades básicas de suas famílias.
Foram oferecidos dois tipos de treinamento: atendimento ao idoso e costura. Cerca de quarenta mulheres participaram de cada uma dessas aulas. As mulheres receberam instruções sobre modelagem, corte, costura e acabamento de seu trabalho para que ficasse à venda em um bazar de Natal. O grupo de idosos assistiu a sessões de palestras cobrindo questões legais e sociais, técnicas de cuidados físicos e viagens de campo a instalações de cuidados, bem como sessões práticas sobre como ajudar pacientes acamados.
O projeto enfrentou alguns problemas sérios no meio do caminho, quando o COVID atingiu São Paulo com muita força. No entanto, GAIA foi capaz de girar rapidamente para fornecer módulos para aprendizagem online. As aulas de costura mudaram para vídeos explicando como fazer projetos e os vídeos foram postados online para uso dos alunos. Quase todo mundo no Brasil tem celular e os alunos puderam acessar o conteúdo online.
O instrutor ficou emocionado com a forma como as coisas aconteceram. Cilene, instrutora da oficina de costura, diz que aprendeu não apenas como dar aulas presenciais, mas também virtuais, uma nova habilidade útil para ela. Ela diz: “GAIA e BGR, muito obrigada pela confiança que vocês depositaram em mim no ano passado. Espero poder honrar meu compromisso em 2021 e continuar as aulas presenciais. Conte sempre comigo! ” As videoaulas estão disponíveis neste link: http://www.grupogaia.org.br/index.php/blog .
A turma de cuidados de idosos também teve que passar pelo treinamento online para o segundo grupo, que funcionou melhor do que o esperado. Uma aluna chamada Graça disse: “Estou aqui para falar sobre o curso gratuito de cuidadores de idosos. Gostei muito de participar das duas semanas de interação e troca de informações. Os professores participantes foram claros e objetivos, o que facilitou o aprendizado. Obrigado GAIA e BGR. ”
Juliana, participante da oficina de cuidado de idosos, disse: “Em primeiro lugar, gostaria de agradecer a GAIA e a BGR por este curso maravilhoso para cuidadores, que foi muito útil para mim. Todas as aulas, todas as palestras que vimos, me ensinaram muitas coisas que eu não sabia antes. Também aprendi muito sobre nutrição! A última aula, com a enfermeira, foi maravilhosa. ”
Um vídeo explicando o curso está disponível em: https://www.facebook.com/watch/?v=1076376292811179 .
No início da pandemia, GAIA comprou materiais e montou uma força-tarefa voluntária de costureira. Eles confeccionaram 1600 máscaras, que foram distribuídas para a comunidade e doadas para outras comunidades também. São regiões muito pobres, com poucos recursos e pouca assistência governamental. GAIA também comprou alimentos e mobilizou a doação de recursos e alimentos. Eles distribuíram 370 cestas básicas em junho, julho e agosto. O apoio do BGR foi fundamental e essencial para este esforço emergencial.
Carla Prater é diretora assistente da Buddhist Global Relief. Transplantada para o Brasil por pais missionários aos doze anos, ela permaneceu lá pelos próximos vinte anos e fala português fluentemente. Durante sua vida profissional, ela trabalhou como pesquisadora no Hazard Reduction & Recovery Center da Texas A&M.
Notícia original em:
https://buddhistglobalrelief.me/2021/01/21/vocational-training-for-women-in-sao-paulo-brazil/
