Profissão de cuidador de idosos é a que mais cresceu no Brasil em dez anos

Profissão de cuidador de idosos é a que mais cresceu no Brasil em dez anos

O Ministério do Trabalho divulgou nesta quinta-feira, dia 13, a Relação Anual de Informações Sociais (Rais), com dados sobre as profissões que apresentaram crescimento mais significativo nos últimos anos.

 A ocupação que mais cresceu no período analisado está relacionada ao envelhecimento da população, segundo a pasta. O número de pessoas trabalhando como cuidadores de idosos teve um aumento de 547%, passando de 5.263 profissionais, em 2007, para 34.051, em 2017. Desse total, 85% são mulheres com ensino médio completo.

Os estados onde a atividade mais se expandiu foram São Paulo, com 11.397 postos de trabalho criados no período; Minas Gerais, com 4.475 empregos; e Rio Grande do Sul, com 2.288 vagas.

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Segundo o ministro do Trabalho, Caio Vieira de Mello, os trabalhadores precisam de qualificação profissional para acompanhar as constantes mudanças provocadas pelas demandas da sociedade. Segundo o titular da pasta, o curso Cuidando de pessoas idosas está entre os dez mais procurados na Escola do Trabalhador, ferramenta criada em parceria com o Ministério do Trabalho e a Universidade de Brasília (UnB).

Higino Vieira, diretor de políticas de empregabilidade do Ministério do Trabalho, explica que existe um hiato entre o sistema educacional regular e o mundo do trabalho.

— O mercado está absorvendo mão de obra, mas precisa do trabalhador qualificado, o que não necessariamente significa ter ensino superior. Existe uma demanda por conhecimento específico. Quando o trabalhador possui algum tipo de cerificação, suas chances de absorção são potencializadas.

De acordo com Vieira, a procura pelos cursos oferecidos pela Escola do Trabalhador ilustra a busca por qualificação. A plataforma que oferece cursos online gratuitos foi lançada em 2017 e desde então já atendeu a 420 mil alunos. Entre os 27 cursos oferecidos estão o de cuidador de idosos, além de Excel, segurança da informação e outros nas áreas de Turismo e recursos naturais, por exemplo.

Número de professores e preparadores físicos também cresceu

O professor de nível superior na educação infantil é a segunda profissão com o maior avanço nos últimos anos: registrou um aumento de 398%, saindo de 8.513, em 2007, para 42.391 trabalhadores, em 2017. O maior acréscimo foi de profissionais do sexo masculino, entre 30 e 49 anos.

Os preparadores físicos ocupam a terceira posição no ranking das profissões que mais avançaram. Com um crescimento de 327%, a atividade, que tinha 6.932 trabalhadores, em 2007, passou a ter 20.952, dez anos depois. A ocupação tem maior participação masculina, na faixa etária de 25 a 39 anos. O maior crescimento do número de profissionais foi registrado em estados da região Sudeste: São Paulo, com 6.149 postos de trabalho; Rio de Janeiro, com 3.374; e Minas Gerais, com 2.618.

Na Agroindústria, o total de operadores de colheitadeiras cresceu cerca de 253%, passando de 4.282 trabalhadores, em 2007, para 15.110, dez anos depois. A maior parte desses profissionais é composta por homens entre 25 e 49 anos, com ensino médio completo. Dos 10.828 postos criados no período, 5.552 foram em São Paulo, 1.158 em Goiás e 1.158 no Paraná.

Na quinta posição aparecem os analistas de informações (pesquisadores de informações de rede), com um aumento de 224%. Foram 8.991 vagas de emprego criadas entre 2007 e 2017. A maioria dos analistas é formada por homens com ensino superior completo.

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